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Resposta da Sociedade Teosófica à difamação cometida por Eduardo Vessoni

Atualizado: 11 de abr. de 2022

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Sociedade Teosófica no Brasil, vem, por meio desta NOTA, ao encontro de seus membros e associados, em todo o país, a fim de apresentar esclarecimentos quanto à matéria especial publicada pelo jornalista Eduardo Vessoni, em 16/08/2020, no Segundo Caderno (caderno de Cultura), do Jornal “O Globo”, com o título: “Madame Blavatsky, ocultista e impostora lendária, ganha biografia em HQ”; e com intertítulo: ‘Anos velados’, do ilustrador italiano Piero Bagnariol, narra juventude de personagem excêntrica e provocadora que fascina até hoje’.

Constatamos que em vários trechos do texto, a biografia de Blavastky é posta à prova, no que se refere à idoneidade da mesma. Contudo, há que se acentuar que haviam grandes interesses políticos e religiosos contrários a qualquer avanço dos ideais da Sra. Blavatsky (1831 – 1891) e da Sociedade Teosófica (1875) pela causa da Fraternidade Universal, sem distinções de raça, credo, sexo, casta ou cor, no final do Século XIX. Portanto, neste contexto de resistência à universalidade de seus ideais, tudo foi feito para se acusar injustamente a Sra. Blavatsky como impostora.

A Sociedade para Pesquisas Psíquicas de Londres (SPP), por meio do relatório Hodgson, chegou à acusá-la de fraude principalmente na questão das cartas dos Mahatmas em 1885, sem sequer analisar esses documentos no microscópio. Essa justa análise só foi feita em 1997, resultando na falta de provas para qualquer acusação, e, portanto, por meio do relatório Harrison da SPP foi feita uma retratação: “o estrago causado [ao nome de H.P. Blavatsky] não se deve ao que foi dito, mas ao que não foi dito.” (HARRISON, Vernon, PhD. H.P. Blavatsky e a Sociedade para Pesquisas Psíquicas: Retratação a Blavatsky sobre as Cartas dos Mahatmas. Brasília: Teosófica, 2015, p. xvii) E conclui: “Peço desculpas a ela [H.P. Blavatsky] por termos levado cem anos para demonstrar que ela escreveu a verdade.” (Ibidem, p. 44)

Mais relevante deveria ser a positiva e inspiradora e criteriosamente comprovada influência da obra de Blavatsky, principalmente A Doutrina Secreta, e seus ideais, sobre o Parlamento Mundial das Religiões de Chicago, bem como na vida e obra de Gandhi, Thomas Edison, Crookes, Einstein, Yeats, James Joyce, Fernando Pessoa, Kandinsky, Mondrian, Klee, Gaugin, Mahler, Sibelius, Scriabin, entre vários outros.

À vista disso, informamos que a presidência da STB, além desta nota de esclarecimento, entrará em contato com a editoria do jornal O Globo – que publicou a matéria -, para solicitar que publiquem também um texto aclarador, com a nossa percepção dos fatos e em prol da edificação dos ideais que seguimos.

O jornalista tem o direito de publicar as informações que queira, todavia, desde que esteja embasado por fontes seguras. Na abertura da matéria, ele não cita, por exemplo, as fontes biográficas utilizadas (livros, teses, dissertações ou sites) e, também, não há nenhum personagem entrevistado, quer seja historiador, autor ou teósofo, especializado no assunto. Portanto, soa como opinião e conclusão pessoal o teor contido na matéria, desprovido de análise ampla e imparcial da realidade vivenciada, que ali se buscou retratar.

Brasília, 19 de Agosto de 2020.

Sérgio Carvalho de Moraes Júnior Presidente da Sociedade Teosófica do Brasil

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