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Migração de Almas


O que leva um povo a ser o que ele é? Cultura, tradições? Por que certas gerações dão um salto qualitativo em um país e depois desaparecem ser deixar vestígios? O que é a Grécia de hoje senão um pálido reflexo do seu passado glorioso? E onde estão os ousados navegadores portugueses e espanhóis de outrora? Como uma nação medíocre (adequadamente representados na figura do seu presidente atual) atinge o nível de única potência mundial? Em um capítulo do livro A caminho da Luz Emmanuel nos fala das transmigrações de povos, que seriam a mudança da coletividade de almas de um país para outro, obedecendo aos desígnios do Alto, para que se cumpram as obrigações kármicas coletivas e a evolução da humanidade como um todo.

Assim, vimos nos últimos séculos os antigos fenícios reencarnarem na Espanha e em Portugal, entregando-se de novo às suas predileções pelo mar. Em Paris estava a alma ateniense nas suas elevadas indagações filosóficas e científicas, abrindo caminhos claros ao direito dos homens e dos povos. Na Alemanha e na Rússia reencarnou o belicoso grupo espiritual de Esparta, cuja educação defeituosa e transviada construiu o espírito detestável do pangermanismo na Alemanha e o atraso do Socialismo na União Soviética.

Abro aqui um imenso parêntese para falar mais do fenômeno de guerra alemão. Não através do meu ponto de vista, mas do de alguém que esteve no comando da resistência inglesa contra o avanço germânico, alguém que não era nenhum santo (nem poderia sê-lo) e a quem todos os povos livres devem a sua liberdade:

Certamente não caberá a esta geração pronunciar o veredicto final sobre a Grande Guerra. O povo alemão merece explicações melhores do que a versão leviana de que ele estava solapado pela propaganda inimiga… No entanto, os registros humanos não contêm nenhuma manifestação igual à erupção do vulcão alemão (Winston Churchill) Em seu livro sobre a primeira guerra, Churchill analisa a beligerância alemã: Durante quatro anos, a Alemanha combateu e desafiou os cinco continentes do mundo por terra, mar e ar. Os exércitos alemães sustentaram seus vacilantes confederados, intervieram com êxito em todos os teatros de guerra, resistiram em toda parte no território conquistado e infligiram aos inimigos mais do dobro do derramamento de sangue que sofreram. Para lhes dominar a força e a técnica e para lhes refrear a fúria, foi necessário levar todas as maiores nações da humanidade ao campo de batalha contra eles. Populações imensas, recursos ilimitados, sacrifício incomensurável, o bloqueio marítimo não conseguiram triunfar durante cinqüenta meses. Estados pequenos foram calcados no conflito; um poderoso Império foi demolido em fragmentos irreconhecíveis; e quase vinte milhões de homens pereceram ou derramaram seu sangue antes que a espada fosse arrancada daquela terrível mão. Na Inglaterra ficou a nata dos antigos fundadores romanos, com a sua educação e a sua prudência, retomando de novo as rédeas perdidas do Império Romano, para beneficiar as almas que aguardaram, por tantos séculos, a sua proteção e o seu auxílio.

Isso foi em 1938, quando foi escrito o livro A caminho da Luz. Mas Emmanuel já profetizava uma mudança de forças, com o crescimento da importância das Américas no cenário mundial: “Embora compelida a participar das lutas próximas, pelo determinismo das circunstâncias de sua vida política, a América está destinada a receber o cetro da civilização e da cultura, na orientação dos povos porvindouros. Condenada pelas sentenças irrevogáveis de seus erros sociais e políticos, a superioridade européia desaparecerá para sempre, como o Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir. Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos.”

Ao menos esse foi o “plano” da espiritualidade. Os norte-americanos agarraram a oportunidade e se tornaram um Império. O Brasil (que deveria ser o celeiro do mundo e a pátria do evangelho) não. Talvez tenha sido melhor, afinal os EUA são hoje a representação decadente do Império Romano, mantendo consigo seus símbolos (capitólio, águia, etc) e seu espírito belicoso e puramente explorador, entrando novamente em combate com os “bárbaros”.

Mas como toda ação gera uma reação em sentido contrário, no mundo árabe vemos o surgimento dos grupos suicidas (coisa impensável para quem segue o Alcorão, que é claramente contra o suicídio). De onde esses jovens fanáticos vieram? Que grupo espiritual alimentaria um ódio recente pelos EUA a ponto de encarnar num país apenas pela oportunidade de vingança? Como em tudo na vida, discernimento é fundamental, e devemos levar em consideração todos os fatores políticos e sociológicos, mas, como estamos falando exclusivamente da parte espiritual, podemos perceber claramente traços do espírito guerreiro japonês da segunda guerra no modus operandi desses terroristas. Morrer para matar o inimigo (mesmo que não se cumpra nenhum grande objetivo, a não ser vingança) é morrer com honra, e em 1944, nos combates do Pacífico, os Norte-americanos viram tal pensamento se materializar como um pesadelo (seja na luta ferrenha pra defender uma ilha já cercada, seja nos aviões kamikaze, ou nas bombas-oka, torpedos-humanos, etc). O ataque final do filme O último samurai não é uma licença poética: está plenamente de acordo com o espírito japonês que persistia até há pouco (hoje em dia os japoneses são umas moças, em comparação com seus ancestrais).

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