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A Arte da Guerra: uma nova tradução


A Arte da Guerra - Ilustrado com o Exército de Terracota de Xian

Trechos selecionados de “A Arte da Guerra”, um livro digital recém lançado que traz uma nova tradução (de Frater Sinésio) para este clássico milenar – muito mais próximo do taoísmo do que da administração de empresas. Coube a mim a edição e a diagramação, incluindo uma seleção de imagens do Exército de Terracota de Xian que ilustra a obra.

Disponível para Amazon Kindle e Kobo

Sun Tzu disse: A arte da guerra é de importância vital para o Estado. É a matéria da vida e da morte, o caminho que leva à salvação ou à ruína do Império – é forçoso saber como conduzi-la da melhor forma. Não refletir seriamente sobre o que ela concerne é dar prova de reprovável indiferença no que diz respeito à conservação ou perda do que nos é mais querido, e isto não deve ocorrer entre nós.

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Já ouvimos falar de operações militares que são contundentes e repentinas, porém nunca se viu nenhum especialista na arte da guerra que se mantivesse numa mesma campanha por muito tempo. Nunca é benéfico para um país deixar que uma operação militar se prolongue por muito tempo.

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Na arte da guerra, o melhor é tomar o país do inimigo por inteiro e intacto, sem arrasá-lo, sem destruí-lo. Por isso, é melhor recapturar um exército inteiro que destruí-lo; é melhor capturar um regimento, tropa ou companhia inteiras do que destruí-las. Portanto, lutar e conquistar em todas as batalhas não é a excelência suprema; a excelência suprema consiste em minar a resistência do inimigo e vencê-lo sem que haja qualquer batalha.

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A grande sabedoria não é algo óbvio, o grande mérito não se anuncia. Quando você é capaz de ver o sutil, é fácil ganhar; que tem isto que ver com a inteligência ou a bravura? Quando se resolvem os problemas antes que eles surjam, quem chama a isso de inteligência? Quando há vitória sem batalha, quem fala em bravura?

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Não ataque, a menos que seja para obter vantagem, não use as suas tropas sem que haja algo a ganhar, não lute a menos que seja estritamente necessário. Um soberano não deve enviar as suas tropas por mero rancor; um general não deve travar uma batalha por capricho. Se vai ganhar vantagem, avance, se não, mantenha suas posições. Com o tempo a raiva esmorece e a vergonha passa. Mas um reino destruído não voltará à sua grandeza; os homens mortos não poderão ser ressuscitados. Dessa forma, um soberano iluminado é prudente, um bom general é cauteloso. Assim se mantém um país em paz e um exército intacto.

O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Da autoria de Rafael Arrais (raph.com.br). Também faz parte do Projeto Mayhem.

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